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13/07/2018 11h15 – Por: Julio Sato
Verdades e mitos sobre o tema foram apresentados em palestra na Fundação MS
Para ampliar o potencial de rendimento da cultura da soja, é importante que o produtor utilize algumas tecnologias específicas, incluindo também o tratamento das sementes. Uma das formas de alcançar esse objetivo é por meio da inoculação da semente, o que possibilita fornecimento de nitrogênio para a planta. As vantagens dessa técnica foram exemplificadas em palestra da pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria, na sede da Fundação MS, em Maracaju.
A prática da inoculação na cultura da soja tem sido amplamente difundida no sistema produtivo, justamente por impulsionar os rendimentos de maneira sustentável e significativa. Diante disso, a pesquisadora apresentou quatro tópicos essenciais: a importância de reinocular a soja anualmente, a utilização de coinoculação de sementes por meio do trabalho com a bactéria Azospirillum, produção de inoculante nas fazendas e, por fim, a compra de sementes já inoculadas.
De acordo com a pesquisadora, a reinoculação anual de sementes pode resultar em incremento médio de 8%, significando lucro maior para o agricultor. Já com a coinoculação, esse valor chega a dobrar, atingindo a marca de 16% de aumento na produtividade do grão, conforme ensaios realizados nas diversas propriedades rurais estudadas pela especialista.
No entanto, ela deixou o alerta para casos de produções de inoculantes nas fazendas. Dados apontam que essa prática resultou na produção de um Inoculante de baixíssima qualidade, trazendo riscos ao produtor. O mesmo vale para as sementes que passaram por tratamento industrial para inserção de inoculantes: o desempenho dessas variedades ficou abaixo do esperado, sendo considerado uma má escolha em relação a produção.
A adesão à inoculação na cultura da soja é positiva, mas deve ser realizada com cuidado e conhecimento técnico. Para isso, a recomendação para os produtores que queiram inserir essa tecnologia em suas propriedades, é de que procurem por um engenheiro agrônomo, ou até mesmo órgãos de pesquisa regionais, como Fundação MS ou Embrapa, para que a tecnologia seja inserida de forma correta, e traga bons resultados em termos de lucratividade e rentabilidade.